Artigos publicados no ‘Correio da Manhã’
(Neste ponto o livro retoma a numeração...)
1CM
Recebi diversas cartas de um senhor que parece ser
um sacerdote da Igreja Católica, assinadas com as iniciais J. P. .
De acordo com a promessa feita ao padre Dubois, de Belém, Pará,
este Sr. J. P. se transforma no padre Dubois.
um sacerdote da Igreja Católica, assinadas com as iniciais J. P. .
De acordo com a promessa feita ao padre Dubois, de Belém, Pará,
este Sr. J. P. se transforma no padre Dubois.
Na última carta, o padre Dubois mostrou-se um tanto magoado
por me negar em lhe responder pelo “Correio da Manhã”
e insiste que este seja o órgão da minha explicação às suas perguntas.
por me negar em lhe responder pelo “Correio da Manhã”
e insiste que este seja o órgão da minha explicação às suas perguntas.
Assim, pois, venho mais uma vez abusar da generosidade
do “Correio”, para responder a um anônimo, aliás, gentil e paciente.
do “Correio”, para responder a um anônimo, aliás, gentil e paciente.
Não se conformando com a explicação que dei no meu artigo
de 29 de Abril, diz o padre Dubois:
“Ainda que fosse possível a satisfação do criminoso,
no exemplo dos dois sócios, crimes
há que absolutamente não podem ser expiados segundo essa doutrina.
O homicídio, por exemplo;
como é que o assassino poderia restituir
ao assassinado o prejuízo que lhe causou?
Ele poderá restituir-lhe a vida que lhe tirar, que lhe roubar?”
de 29 de Abril, diz o padre Dubois:
“Ainda que fosse possível a satisfação do criminoso,
no exemplo dos dois sócios, crimes
há que absolutamente não podem ser expiados segundo essa doutrina.
O homicídio, por exemplo;
como é que o assassino poderia restituir
ao assassinado o prejuízo que lhe causou?
Ele poderá restituir-lhe a vida que lhe tirar, que lhe roubar?”
O assassino não, mas Deus sim,
concedendo-lhe uma nova encarnação.
concedendo-lhe uma nova encarnação.
No entanto, nem sempre o assassino que premedita
um crime pode realizá-lo. Por quê?
E por que morre tanta gente de acidentes de toda espécie,
afogada, estraçalhada, queimada,
enquanto a maioria morre de morte natural?
um crime pode realizá-lo. Por quê?
E por que morre tanta gente de acidentes de toda espécie,
afogada, estraçalhada, queimada,
enquanto a maioria morre de morte natural?
Por que tanta gente sofre miséria e dor,
enquanto outros passam vida regalada?
enquanto outros passam vida regalada?
Meu amigo, não somos nós e sim Jesus
quem ensina no Evangelho que:
- “Não cai um cabelo da nossa cabeça sem que Deus o queira”,
isto é, sem que seja a lei da justiça que se cumpre,
devido à lei ensinada a Pedro no Horto das Oliveiras:
“Enfia a espada na bainha, pois quem com ferro fere,
com ferro será ferido”. (S. Mat., 25:54)
quem ensina no Evangelho que:
- “Não cai um cabelo da nossa cabeça sem que Deus o queira”,
isto é, sem que seja a lei da justiça que se cumpre,
devido à lei ensinada a Pedro no Horto das Oliveiras:
“Enfia a espada na bainha, pois quem com ferro fere,
com ferro será ferido”. (S. Mat., 25:54)
Os sofrimentos excepcionais têm nessa lei a sua razão de ser,
e são, para nós, o meio de resgate e expiação
de faltas cometidas em passadas existências.
E, sem ser assim, não existiria a Justiça Divina.
e são, para nós, o meio de resgate e expiação
de faltas cometidas em passadas existências.
E, sem ser assim, não existiria a Justiça Divina.
Ninguém tem o direito de tirar a vida,
pois que não pode restituí-la; não há, entretanto,
crime algum que se não possa expiar, e que não venha a ser expiado,
reabilitando-se o criminoso.
pois que não pode restituí-la; não há, entretanto,
crime algum que se não possa expiar, e que não venha a ser expiado,
reabilitando-se o criminoso.
E para isso não precisa Deus que o homem
eja o instrumento da sua justiça.
Os cataclismos, os acidentes de toda espécie,
que a providência do homem não pode evitar,
como as horrorosas enfermidades e sofrimentos morais,
são o meio de resgate de faltas passadas.
E, ainda que o amigo não aceite esta explicação,
a sua Igreja não apresenta outra mais
plausível e mais satisfatória à razão.
eja o instrumento da sua justiça.
Os cataclismos, os acidentes de toda espécie,
que a providência do homem não pode evitar,
como as horrorosas enfermidades e sofrimentos morais,
são o meio de resgate de faltas passadas.
E, ainda que o amigo não aceite esta explicação,
a sua Igreja não apresenta outra mais
plausível e mais satisfatória à razão.
O fato é que o assassino só consegue matar
quando sua vítima foi assassina numa das existências precedentes,
e, isto, se ele escolheu, antes de encarnar,
a prova de morrer de morte violenta, nesta existência.
Ainda assim, se ele, por exemplo,
tiver ocasião de salvar uma criatura com o risco de sua própria vida,
e se lançar no perigo para esse fim, sem cogitar de si,
também resgata um homicídio.
quando sua vítima foi assassina numa das existências precedentes,
e, isto, se ele escolheu, antes de encarnar,
a prova de morrer de morte violenta, nesta existência.
Ainda assim, se ele, por exemplo,
tiver ocasião de salvar uma criatura com o risco de sua própria vida,
e se lançar no perigo para esse fim, sem cogitar de si,
também resgata um homicídio.
O amigo diz bem, que o homem sofre porque pecou;
mas, se é observador,
há de encontrar muita gente que sofre sem ter cometido
ato algum nesta vida que merecesse a punição por que passa;
de fato, não podia haver pecado, por ter nascido, por exemplo,
aleijado e idiota. Por que isso? Esses sofrimentos só podem
ser a conseqüência de atos praticados em existências anteriores.
mas, se é observador,
há de encontrar muita gente que sofre sem ter cometido
ato algum nesta vida que merecesse a punição por que passa;
de fato, não podia haver pecado, por ter nascido, por exemplo,
aleijado e idiota. Por que isso? Esses sofrimentos só podem
ser a conseqüência de atos praticados em existências anteriores.
O seu argumento “de que os animais também sofrem” não subsiste,
pois estes não têm consciência de si, e não raciocinam.
O princípio inteligente que os anima age pelo instinto e não pela razão.
pois estes não têm consciência de si, e não raciocinam.
O princípio inteligente que os anima age pelo instinto e não pela razão.
O amigo não soube interpretar as palavras de Jesus:
“Deixai vir a mim os pequeninos porque dos tais é o reino dos céus”,
isto é, desprezou o resto das palavras em que Jesus
explica o sentido do versículo: “Em verdade vos digo:
que todo o que não receber o reino de Deus como pequenino,
não entrará nele”. (Marcos, 10:13-15)
“Deixai vir a mim os pequeninos porque dos tais é o reino dos céus”,
isto é, desprezou o resto das palavras em que Jesus
explica o sentido do versículo: “Em verdade vos digo:
que todo o que não receber o reino de Deus como pequenino,
não entrará nele”. (Marcos, 10:13-15)
O ensino que Jesus deu com estas palavras, segundo os Espíritos,
é o seguinte: Quem se não abstiver de pensamentos culpáveis,
inúteis, frívolos; quem não tiver a simplicidade de coração, a humildade,
que são ao mesmo tempo a base, a origem,
o meio e a via para as virtudes, para a purificação,
para o progresso e, por conseguinte,
condizentes à pureza e à perfeição, não pode
possuir a paz e a felicidade,
que pertencem àqueles que souberam cumprir
com o seu dever para com Deus,
amando o seu próximo como a si mesmo.
é o seguinte: Quem se não abstiver de pensamentos culpáveis,
inúteis, frívolos; quem não tiver a simplicidade de coração, a humildade,
que são ao mesmo tempo a base, a origem,
o meio e a via para as virtudes, para a purificação,
para o progresso e, por conseguinte,
condizentes à pureza e à perfeição, não pode
possuir a paz e a felicidade,
que pertencem àqueles que souberam cumprir
com o seu dever para com Deus,
amando o seu próximo como a si mesmo.
E até breve.
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